sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Raposas, sempre Raposas...

Professores universitários públicos recebem salários exorbitantes, em contraposição, professores da rede estadual e municipal recebem salários baixos. Muitos acreditam que uma iniciativa governamental deveria ser tomada para subir o salário dos professores da rede municipal e estadual. Porém a situação não é tão simples assim, o problema da educação é bem mais complexo que isso. Começamos desde a formação inicial do docente:

  • Ensino Fundamental e Médio

Preparando-se para o ingresso na universidade, o estudante é submetido ao ultrapassado sistema VESTIBULAR, onde ele decora fórmulas e teorias de Física e Matemática de forma "gastronômica"(engolindo o vômito do professor)  sem questionar entender as teorias. Em História e Geografia, ele aprende a separar os mocinhos dos bandidos, o explorador do explorado, e entre outras mentiras. Pouco se aproveita em Gramática, pois o aluno está mais preocupado em "não fazer feio na hora da leitura em coro", ou estudar a complexa "gramática morta" que assombra a criatividade dos alunos. 

  • Universidade (cursando)
Depois de estudado ao máximo para passar no VESTIBULAR, finalmente o estudante consegue se realizar. Mas ele pouco sabe sobre o que o aguarda.
Os seus professores irão se esforçar o máximo para tornar seu processo de "aprendizado" o pior possível. Uma forma dogmática de ensinar será introduzida. O docente pouco irá se preocupar com o que está passando para seus alunos, o principal foco dele é "mostrar que sabe mais que os alunos", questionamentos não serão aceitos de maneira alguma. O aluno universitário é bombardeado de trabalhos difíceis, os quais o professor apenas irá passar os olhos, critérios como aparência terão mais peso que o conteúdo do trabalho. São assim as aparências, o aluno finge que aprende, o professor finge que explica. 

Tudo que os alunos querem é passar na disciplina, e fazem qualquer coisa para isso.

Para ilustrar o assunto trago aqui uma situação a qual uma conhecida minha passou:

Ela estava cursando Agronomia em uma universidade pública(a qual não desejo nomear). Em uma matéria relacionada a Física, ela conheceu um infeliz professor. No dia a dia, nas aulas, os alunos se esforçavam inutilmente para passar na disciplina, os trabalhos não foram entregues(medida para desestimular os alunos bons, pois os alunos bons aprendem com os seus erros), o professor "avaliou" com critérios vindos do além, os alunos tiraram todos notas abaixo da média. Com as provas foi o mesmo caso, elas não foram entregues. 
Logo começou a tortura, o exame(prova de recuperação de nota) foi totalmente inteligível, questões impossíveis de fazer, não havia correção, o docente nem lia as respostas. Na última semana, findados o exames, começa a chantagem. O professor chegou a abusar dela dizendo: "Transa comigo que você passa".
Ela não aceitou tal oferta e resolveu denunciar. Mas nada conseguiu, pois como lutar com velhas raposas?
Infelizmente ela teve que abandonar esse curso. Fazer faculdade particular não dava, ela ganhava pouco, o jeito foi abandonar o seu sonho de vida.


Esse medo de reprovação ocorre na maioria de nossas universidades públicas, e os professores além de avaliarem mal os seus alunos, possuem aulas extremamente ruins. Alguns cartazes estão sendo espalhados no campus da UFPR, que dizem:

Professor de universidade pública tem seu emprego garantido, 

independentemente da qualidade de suas aulas.
(frase retirado do blog Adonai Sant'Anna)

O que é absolutamente verdade, o cartaz não critica nada, ele apenas mostra a verdade. 

  • Lecionando
Após todo esse doloroso processo, o novo professor começa a lecionar. Normalmente quem faz Humanas volta com o "espírito de revolução", querendo mudar tudo e todos, mas essa iniciativa é logo nocauteada com o "baque de realidade", conhecendo assim as escolas públicas, logo ele tenta fazer de suas aulas as aulas "dinâmicas", iniciando assim o "ensino gastronômico"(o qual eu falei anteriormente no primeiro tópico). 
Já nas exatas, os novos professores também sofrem o "baque de realidade", fechando-se totalmente a questionamentos, esses professores não conhecem nada de novo, qualquer questionamento é tido como "retardice" do aluno.

Visitem o Blog do professor Adonai Sant'Anna,  concordo com ele em alguns pontos, ele é um dos poucos que deseja mudar essa situação:










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